Crônica do Tempo

Das coisas que muitos fogem, uma delas é do tempo. Arrepiam-se quando pensam em envelhecer, perdem a calma ao se darem conta que têm somente 10 minutos para terminar alguma tarefa que foi imposta a horas, ficam com mais preguiça quando o celular desperta e logo já colocam no modo 'sonéca', adiando em mais 5 ou 10 minutos seu sono. As muitos pensam que o tempo corre contra nós, pensam que ele nos leva para a morte e que no fim nada tem sentido a não ser uma grande jornada para um verdadeiro nada.
Pensar que o tempo é algo que soa ruim ou que ele nos ofusca com o passar dos anos é coisa tola, e adiar a felicidade também.
O tempo nada mais é que, na minha mera opinião, um agente da vida para males de diversos tipos como: dor de amor, mágoas, feridas, constrangimentos e traumas. O tempo tem o poder de agir em nossos corações de tal forma, que nos faz perceber malícia na pessoa mais falsa, faz sentir o amor em alguém que jamais imaginássemos amar, é um camarada para as horas angustiantes e calmante para ansiedade.
Quando me sentia insegura em relação aos meus sentimentos quanto ao Leonardo, o tempo me explicava com palavras silenciosas que não podia precipitar algo que já estava traçado. Quando fiquei furiosa comigo, achando que a causa de eu não arrumar emprego era minha incapacidade o tempo ria da minha cara e me deixava com incertezas só para ter o prazer de me mostrar que basta esperar. E agora mesmo, quando me perco pensando na vontade que tenho de me mudar desse bairro onde eu moro, o tempo me diz que não é no meu tempo, é no tempo dele, pois é ele quem determina.
Pois agora reflito, que o tempo é o dono de tudo, tudo criou e determina para onde vai sua criação. O tempo é remédio, é criador é anestésico, é milagroso. O tempo é Deus!