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O mesmo filme, em um cenário diferente!



Eu sei que estou em falta com meus leitores, o blog vem mudando muito de um mês pra cá. Mas hoje vou tentar não fazer perder a essência do Blog que é a franqueza, os sentimentos a flor da pele, melancolia e um pouco de sarcasmo e malícia.
Ontem teve janta na casa do meu namorado, minha mãe adiou o que tinha pra ficar comigo e propôs que eu ficasse em casa para comer pizza com ela e o pai. Eu condordei, pois, ando meia afastada da minha família. Logo de primeira me surpreendi com a proposta, mas logo entendi a falta que eu achava de passar um tempo com eles.
Era de tarde ainda, e o meu namorado ficou insistindo que eu fosse lá na casa dele jantar, pois estariam lá uns amigos. Chegou de tardezinha, a Pâmela veio na minha casa, comemos pipoca com chocolate, olhamos uns filmes e conversamos.
Quando estou no computador, chega o Alfredo pra me buscar para mim ir na casa dele, eu disse que não ia, ele foi embora, quando chegou em casa insistiu pra que eu levasse a Pâmela também. Resolvi ir.
Chegando lá, mal me sentei no sofá e ele vem me perguntar se eu não queria almoçar domingo na casa dele e passar a tarde lá, eu disse que não e expliquei o porque. Ele ficou bravo comigo, não falou mais e eu fui embora.
Vendo assim parece bobagem, coisa de adolescentes imaturos mas vou contar o motivo de tudo.
O Pai dele não gosta que ele fique muito na minha casa, não sei se ele faz o tipo conservador, mas me parece que ele se importa com o que meus pais vão pensar do filho dele, e na verdade eu acho isso bom, pois não adianta, vivemos em um mundo de comportamentos e de relações, e se não soubermos nos portar diante de situações jamais teremos boas relações com as pessoas.
Eu e o Alfredo temos quase 2 meses de namoro, pouco tempo ainda. E já cheguei tarde diversas vezes em casa e já vi muita cara feia da minha mãe e principalmente do meu pai ao cometer esses deslizes noturnos.
Na minha inútil opinião, o meu namorado é um privilegiado. Ele tem uma mãe que deixa ele sair, sai com ele, ajuda ele quando ele precisa, ela é parceira e amiga dos amigos dele, ela não é uma sogra chata, ela aconselha com amor, é verdadeira, sabe, e o pai dele também é uma pessoa assim, só que é mais quieto, na dele.
Minha mãe e meu pai não são assim. Eu demorei muito para ter um pouco dessa liberdade que estou tendo, de chegar em casa depois de ter bebido e não precisar me escovar antes, de poder ficar até mais tarde se eu quiser com a condição de ligar pra saber se está tudo bem, de poder dizer que vou sair e ir sem ter que pedir, essas coisas, e não estou com vontade de perder credibilidade nem a confiança deles.
Mas ontem não foi um dia feliz, por que ele tinha bebido, não pode aproveitar o esforço que eu fiz de ir lá ainda com ele sem brigarmos.
O complicado é fazer entender que pra ele pode parecer normal, mas eu sou mulher, as mulheres são alvo de comentários e realmente fica feio eu me enfiar na casa dele. Tudo bem que lá de vez em quando agente fique até mais tempo, mas assim como ele queria não.
Pra falar a verdade eu fico sem jeito, não chega a ser medo, mas é receio do pai dele achar que meus pais não se importam. Por que na verdade se importam muito, só que eu desobedeço.
Essa incompreenção da parte dos homens (no geral mesmo) que me irrita. Ele me disse que não me faria sofrer, que me entenderia... Mentira? Ainda não sei!
Será mesmo que estou, no mesmo filme, só que em outro cenário?

Comentários

  1. Oi Aline, é o Dionatan. Vou te falar.... a sua maneira de refletir coisas simples e cotidianas, devo admitir, é algo inusitado, surpreendente. A impressão que dá, é que quando parece que tu está se expondo demais, expondo problemas e situações da tua vida pessoal, de repente, sinto-me envolvido lendo e sem nenhuma vontade de julgar, porque tamanha é a naturalidade com que tu fala, que vira arte. Chego a pensar que foram assi que surgiram as novelas, enredos simples, sobre a vida cotidiana, mas com a força da veracidade, dos fatos completos, que é impossível não se envolver. Obrigado por proporcionar sensações nunca antes experimentadas por este mero mortal que vos fala! Tá chega de pompa, teu texto é muito massa! Vale a pena cada parágrafo!! Bjos!

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  2. O seu blog é perfeito!!!
    é engraçado como qualquer besteirinha faz gerar brigas tão dramasticas, como "romeu e Julieta"rs.
    Eu acho que o pai dele devia intender uma coisa, que está certo de preocupar com a reputação do filho, mas não de fazer voolç ir lá direto.
    Antigamente meu relacionamento estava passando pelas mesmas coisas.
    Ai eu e meu namorado entramos num acordo, como nos viamos 3 vezes por semana então
    1 dia ele ia para minha casa e no outro eu ia para dele.
    Se eu fosse 2 vezes direto ele ia 2 vezes direto para minha casa tmb

    e isso deu super certo. Porque eu intendo que ele tem que passar um tempo com a familia dele e eu com a minha familia..
    beijos querida
    te seguindo

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  3. Aiii Aline que difícil isso.....seu namorado tem que entender que vc ainda deve obediencia (por mais que vc nao obedeça) aos seus pais. Ele precisa ser compreensivo, pois se o seu namoro acabar quem vão ficar??? seus pais...sempre.

    E lembre-se, seus pais do jeito deles, fazem o melhor por vc...não pense que a grama dos outros é mais verde que a sua. Agradeça a Deus por ter seus pais vivos!

    Agente não sabe o dia de amanhã então é melhor cuidarmos do que temos enquanto ainda há tempo.

    Um beijão
    [não sou tia chata tá? :p]

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  4. Blog ótimo.....
    muito bom mesmo....
    sobre o cotidiano....
    http://soreliquia.blogspot.com/

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as pequenas alegrias enquanto
aguardam a grande felicidade."

(Pearl S. Buck)

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