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"O amor não começa e termina do modo que pensamos. O amor é uma batalha, o amor é uma guerra; o amor é crescimento contínuo." (James Baldwin)


Impossível descrever em palavras esse momento da minha vida. Pois, em minha casa estou presenciando, em todos os sentidos, a separação dos meus pais aos poucos na integra.
Não vou dizer que está sendo algo bom, vê-los dormindo em quartos separados, não dirigindo a palavra um ao outro se não for em perguntas curtas como: 'Cadê a receita dos meus remédios?', 'Quer carona?', seguido das respostas: 'Não vi' e 'Não, Obrigado!'.
Falando bem sinceramente não me lembro em nenhum momento da minha vida com eles, uma época em que eles nunca brigaram, pois desde pequena aprendi a conviver com as brigas, desentendimentos e birras de ambos. Então, para ser franca, e estou bem, o meu irmão está bem, minha mãe está bem e creio que meu pai também. Digo isso, aparentemente, é claro. Não há como descrever o que eles sentem, mas posso afirmar que eu, particularmente estou normal quanto a isso, não me meto em nada.
Quanto a minha vida amorosa, está tudo tão bem que tenho até medo de contar. Nunca imaginei que poderia sentar ao lado da mesma pessoa que muito me fez chorar e voltar ao passado e pensar junto dessa pessoa o quanto fomos infantis e replanejarmos o futuro numa visão totalmente diferente.
Nunca pensei que eu pudesse voltar atráz tantas vezes e no final das contas não me arrepender de ter feito tudo aquilo por alguém. Jamais pensei que eu pudesse amadurecer mesmo ao lado de alguém e poder ter orgulho de ter sido instrumento de amadurecimento para outra pessoa.
Eu tentava de todas as formas mostrar o tamanho desse amor que eu sentia, falava, escrevia e demonstrava mas parecia nunca ser o bastante. Hoje, percebo que não é preciso fazer tantos esforços para que ele perceba o quanto eu o amo. Ele me liga, me manda mensagens, me fala, sorri, demonstra e de tantas formas de amar ele escolheu amar da forma mais sincera depois que juntos pensamos estar perdendo um ao outro.
O destino, ou seja lá o que for, resolveu nos dar uma lição e mostrar a falta que fazíamos ao outro. E hoje, estamos mais felizes do que nunca, olhando a nós mesmo de um modo totalmente diferente e encarando a vida com muito mais 'vida'.
Será que essa mesma força que separou a mim do Alfredo por algumas semanas, não é a mesma que está separando meus pais? Para eles amadurecerem e mais tarde perceberem a falta que um faz ao outro.
Talvez eles dêem mais valor ao casamento depois da crise, afinal, nunca tiveram um namoro longo que passasse por essas crises para aprenderem antes de casarem. Quem sabe, eles estejam reavaliando conceitos, observando a si mesmos ou quem sabe apenas lamentando tudo isso.
No momento eu não sei o que irá acontecer, mas espero que tudo dê certo. Ou seja, todos fiquem felizes, juntos ou não.

Comentários

  1. Boa linha de racicínio muito bom soube traçar a sua realidade com a que seus pais não teêm, um relacionamento de aprendizado e por aí vai.bjos...

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"Muitas pessoas perdem
as pequenas alegrias enquanto
aguardam a grande felicidade."

(Pearl S. Buck)

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