Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar. (William Shakespeare)

Como se não bastasse o arrebatamento do meu coração, subitamente levado a delírios e sonhos bem reais, errei ao pensar que seria tudo como planejado. Mas pelo menos tentei, arrisquei!
Planos servem apenas para quem não tem algo 100% certo, eu deveria saber disso antes de alimentar expectativas e ver ele com outra na festa. Bebi para afogar as mágoas, e a única coisa que consegui afogar foi o relacionamento com meus familiares, chegando 8h da manhã em casa.
Realmente, aprendi com isso, que amor de família deve ser bem mais valorizado do que qualquer outro em primeiro lugar. Coisa que não sabia e não pratiquei naquela maldita festa.
Depois de muito me arrepender e chorar por tudo que havia ocorrido, eis que surge uma luz em meu caminho. Aquele anjo se desculpando, se culpando e tendo motivos para perceber o quanto eu o amava.
Diante da forma como tudo de fez acontecer, estava tão claro esse sentimento, já não adiantava simplesmente esconder, acreditei no coração novamente, e como um antídoto infalível, meu coração viveu novamente e pude ver meu sorriso se fazer verdadeiro.
Seu carinho, sua amizade me renova a cada dia, me sinto viva, com forças para continuar, tendo uma motivação. O prazer de saber que ele existe é o suficiente para matar a tristeza de nem sempre estar ao seu lado. E mais que isso, não tenho nenhuma certeza de sentimento mútuo, pra ser bem sincera, sei que por enquanto não há sentimento a mais da parte dele a não ser a Grande Amizade.
Por termos sofrido anteriormente, entendo e compartilho da vontade de não querer se comprometer por enquanto. Mas as vezes Deus coloca pessoas erradas em nossas vidas, para que ao encontrar-mos a pessoa certa saibamos valorizá-la.
Tudo que peço a Deus todos os dias é que não deixe morrer em mim esse sentimento tão verdadeiro que insiste em me contagiar, digo até que, se parece com o efeito de uma droga, um remédio que atinge o ponto ferido, a cura para todas as dores que eu sentia, a solução para me proporcionar momentos mais felizes.
O "quase nada" que se resumiu nossos encontros, virou ponto chave para a oportunidade de conhecer diversas, de tantas coisas em comum. Em contrapartida, resultou no amor que sinto hoje, algo que não se conquista sem esforço, naturalmente, como ele fez.
Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto e quem se surpreende, eu afirmo que quando é verdadeiro, se ama com mais intensidade, como nunca se amou antes.
Devo sorrir porque somos amigos ou chorar porque nunca passaremos disso?