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Definir é limitar. Não precisamos de rótulos para nos conhecermos por isso para saber como é o meu jeito de ser, apenas me conhecendo...


Dos poucos dias que me tornei uma moradora da cidade de São Paulo, posso afirmar que ainda não compartilho da correria em que muitos, posso dizer a maioria, vive.
Ando caminhando, procurando algo que ainda não sei o nome, olhando, apreciando e com passos lentos, mesmo com dias chuvosos, eu percorro a Av. Paulista ainda como uma turista a passeio.
Semeei meus currículos pelos lugares onde mais me interessava, e agora colho frutos. Entrevistas, nervosismos, ansiedades, isso tudo é normal. Eu ainda acho tempo para dormir um sono pesado, comer uma comida improvisada, rir com meus primos de tudo e de todas as ocasiões, nem sobra tempo pra recordar o passado e sentir falta.
Meus pais me ligam todos os dias, me sinto uma boa filha com pais que me amam muito, como jamais senti. Leio muito aqui no apartamento, leio Arnaldo Jabor, crônicas, contos, poesia, isso me faz muito bem, esse clima me faz bem. A agitação da cidade me deixa melhor ainda, quando olho ao redor, sei que aqui tem tudo, oportunidades, empregos, gente que acredita em você e gente que quer só observar do que você é capaz.
Noto que, os carros, sempre muito apressados para tudo, buzinam quando tem pressa, quando alguém vai devagar, quando vem mulher bonita, quando querem e quando sentem vontade. E eu? Eu rio de tudo que posso, não deixo a zueira me tomar conta. Prefiro sair muito antes do previsto e ir caminhando, pensando, ouvindo música e  apreciando os belos que ainda não viraram homossexuais. Afinal, nunca vi tanto homossexual em toda minha vida de gaúcha, aliás, nem sei o por que da fama de gaúchos serem gays.
Enfim, eu vejo bem mais do que simples rostos. Eu nunca olho para uma pessoa e julgo o que vejo, deve ser por isso que me sinto como se tivesse nascido aqui e ter ido morar naquela minha antiga e habitual cidade do interior, onde falar da vida alheia era hobby, onde comentar os fatos, até entre os mais jovens, era habitual. Me sinto bem nessa cidade onde não tem sol quase nunca, que posso sair sem ficar vermelha e suada. me sinto bem aqui, onde posso olhar para alguém, e nunca mais ver esse alguém, é como se eu tivesse que valorizar a cada pessoa que converso, cada momento, cada dia que passa. Posso me vestir da maneira que quero e sinto vontade, sem temer os comentários de quem nada entende.
Aqui não tem populares da cidade, os excluidos, os fulanos filhos do ciclano, parente do beltrano. Em São Paulo quase ninguém se conhece e não há rótulos para tanta gente, cada um é como quer ser.

Comentários

  1. Prima, você escreve muito bem. Parabéns!
    Não sabia que tu foi morar em SP, espero que dê tudo certo por aí :D
    E não deixe de escrever quando a correria da vida começar, teu talento não pode ser deixado de lado.

    Beijos

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  2. Olhe você realmente tem muito talento o seu texto é de um perfeição. Parabéns ;*

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  3. no
    to impressionado como vc leva sua vida numa cidade tão tumultuada como são paulo, da pra ver que vc é uma pessoa bastante humilde e com um bom alto-astral, e por isso escreve tão bem.
    Tenho certeza que vc terá um futuro promissor
    bjs

    http://altasviajeae.blogspot.com/

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  4. Confesso que me surpreendi com sua narrativa de São Paulo. Sinceramente, é uma das últimas cidades que gostaria de conhecer justamente por isso. Do movimento, do ritmo em que vivem, por todos serem e não serem excluídos, se me entende.
    Mas fico satisfeita por seus comentários e por você estar conseguindo levar uma vida boa por aí!

    Sem querer fazer propaganda, mas, já que gosta de ler, caso queira, em meu blog sugerirei livros! Por enquanto ainda estou divulgando, mas pretendo aumentar o ritmo posteriormente =D

    Sucesso para você!

    Beijos

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  5. nossa adorrei
    acesse e siga meu blog:http://todosnossomoslivres.blogspot.com/

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  6. me ajudaaaaa
    amei seu blog mas siga o meu:
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"Muitas pessoas perdem
as pequenas alegrias enquanto
aguardam a grande felicidade."

(Pearl S. Buck)

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