"Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar. As facilidades nos impedem de caminhar. Mesmo as críticas, nos auxiliam muito" Chico Xavier

Quando você vai morar em uma cidade estranha, geralmente, o que te recomendam é: Não confie em ninguém!

De tudo que sempre aprendi na vida, o que mais vale agora tem sido isso.

São Paulo é uma cidade de vidas incertas, de pessoas que vem e vão, de grande circulação de humores, de mudanças, de fluxo e de caracteres diversos, e o que mais tenho me lembrado agora é de minha mãe dizendo que quando eu fosse embora eu teria que confiar somente em Deus e em mais ninguém. Pois é, tenho aprendido com decepções, como é duro confiar em quem não se é confiável, acreditar que podemos contar com determinada pessoa e quando nos damos conta, a mesma nos vira as costas sem nem ao menos nos dar alguma satisfação.

Algo que também tem me chateado é meu primo marquinho estar doente. O fato, que eu acabei não contando aqui, me perdoem os leitores,  foi algo que aconteceu de uma hora pra outra. O que antes era um desconforto estomacal, se tornou uma fissura no estômago, que também resultou em uma úlcera, provocando uma hemorragia que ocasionou em uma crise grave havendo convulsões. Isso tudo não só chocou a nós, que aqui moravam, como também, nossa família em Rosário do Sul, o que fez com que minha tia, mãe do marquinho,  vir as pressas, pegando o primeiro ônibus do Rio Grande do Sul a São Paulo.
Ontem a noite ele teve outra crise, minha tia ja estava aqui e ele foi para o hospital de novo. Estamos aqui, eu e meu outro primo Fábio, a espera de alguma noticia.
Apesar de tudo, tenho que agradecer a Deus, agradecer muito, pelas pessoas boas que ele coloca em minha vida, pelas situações favoráveis que acontecem para meu progresso e pelas coisas boas. Como quando eu me perdi na volta do shopping cidade jardim e encontrei um carinha muito humilde e legal que me ajudou a achar o caminho de volta, me deu até um mapa e traçou o caminho que eu deveria fazer de trem e depois de metrô, também quando me perdi de noite em um ônibus que eu nem sabia onde iria, decidi, então ficar no ônibus até ele voltar ao ponto em que eu havia pego ele, mas devia esperar a parada de 30 min. no terminal, que por coincidência ficava na frente de um Forró, onde eu desci para dar uma olhada e ali sentada, sem pedir nem dizer nada, ganhei um pastel e um cafézinho, que salvaram minha noite faminta, logo depois, voltei para o ônibus e fui para casa, onde contei o episódio peculiar. Ou também, nas festas que eu e meu primo já fomos, e as várias vezes que fomos livrados de coisas que poderiam ter sido ruins. Embora as coisas que estão me chateando, tenho que agradecer pelo que ja aconteceu de bom e pelo que virá ainda.