"Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar." Machado de Assis

Depois de muito tempo sem falar de amor nesse blog, venho, novamente, repensar as diversas formas que há de amar, e também, de não querer mais o amor.
Andei afastada desse assunto, querendo esquecer esse sentimento que te deixa confusa, que ora acalma, afaga, auxilia, também te desola do mundo, faz você achar que só existe aquela pessoa e passa a dar somente importância a esta. Então, você se decepciona, e descobre que o mundo gira, que ninguém está preocupado com suas lágrimas e vê que aquela pessoa tão especial talvez estivesse te tratando como só mais uma como as outras.
É nessas horas que você começa a refletir e decide mudar seu jeito de agir perante o amor, e só assim, consegue ficar frígida o bastante para esquecer que ainda é uma menina, que é cedo para desistir de sonhar com o amor de contos de fadas.

De uns tempos pra cá eu venho esquecendo de transmitir aqui no blog muitas coisas que penso sobre o amor. Creio que acabo não escrevendo, pois temo a exposição que muitas vezes me submeti e acabei me tornando tão transparente que de nada adiantava escrever sobre o que pensava do amor, pois, quando, enfim, conseguia ter uma oportunidade de amar, sempre me decepcionava. Percebi, também, que ao passo que falava sobre o amor, me tornava muito vulnerável e sentimental.

Embora, tudo isso, é fundamental alimentar sonhos, crer que o que é seu está guardado, aceitar que a vida só faz sentido quando você percebe que o mais importante é você mesmo. O Início da busca pela verdadeira felicidade é quando você acorda pela manhã e se presenteia com um momento só seu ou, quem sabe, faz de um simples gesto rotineiro, uma grande coisa.
Mesmo que a maioria te diga que não vale a pena acreditar no amor verdadeiro, mesmo que digam que não há amor nos dias de hoje sem traição, mesmo que te julguem por ser sonhadora, mesmo que o mundo todo esteja te apontando como a única que acredita nessas “coisas”, não deixe de acreditar.
Talvez um dia a maioria dessas pessoas, que hoje não acreditam no amor, acabem encontrando o parceiro para sua vida inteira, talvez não. Mesmo assim, não deixe de sonhar sonhos românticos e que te dão esperança em meio ás adversidades da vida.

Tenho vivido um momento único em minha vida, onde, consigo separar e reservar o amor que tenho guardado em mim ao mesmo tempo que toco minha vida na cidade grande. Sinto como se a agitação que acaba se tornando meu dia a dia fosse amenizada pela calmaria de sonhar com o momento que irei visitar o interior e encontrar minha família (que guardo grande amor) e a pessoa que descobri amar de um jeito que jamais imaginei amar.
Já escrevi aqui no Blog sobre essa pessoa e me sinto exatamente igual como quando estava perto dele.
Imagine só, se eu, com apenas 18 anos fosse desistir de sonhar com o amor. E mesmo morando a milhares de quilômetros de distância dele, ainda me sinto como se toda essa distância pudesse ser amenizada com um simples pensamento.
O Amor de família é diferente, mais intenso, chega a ser mais doloroso até. Quando me sinto sozinha, a única pessoa que consigo pensar é minha mãe, auxiliadora e amorosa, quando me sinto fraca, penso no meu pai, guerreiro e forte diante das batalhas da vida, quando estou triste e cabisbaixa penso no meu irmão, brincalhão e sonhador. Toda a base que conheço de caráter conheci lá no Rio Grande do Sul, em um lar com muitas imperfeições, mas também, com muita perseverança, que descobri o significado por presenciar diversas vezes o perdão.

Há várias maneiras de falar de amor e formas de amar, seja qual for a sua não deixe jamais de amar e de acreditar no amor.